terça-feira, 30 de julho de 2013


A igreja e a noite

Há algum tempo tenho pensado muito sobre duas coisas que são presentes na minha vida, a saber – a igreja e a noite. Desde criança eu fui levada pelos meus pais às reuniões da igreja, escola dominical, cultos de estudo bíblico e louvor e todas essas atividades que existem na igreja evangélica. Minha eterna gratidão por isso. Minha formação na igreja é rica e valiosa e foi lá, bem como no meu lar que aprendi tudo que sei sobre Jesus, sobre fé e sobre Deus. Sem contar na melhor e maior herança que tenho, que é a musical. Cresci em ensaios de coral, madrigais de alto nível, cantei no coral aos 11 anos de idade, e cantava até Aleluia de Handel, ou seja, uma influencia musical que dificilmente, crianças que não frequentam igrejas, teriam. Eu tive. Peguei gosto pela música e se tem uma coisa que mexe comigo, é ela. Mas não é sobre música que quero falar exatamente agora, a música deixa mais pra o fim, porque no fim, ela está em tudo.
De uns anos pra cá, tenho frequentado assiduamente bares com música ao vivo e caraokes, e confesso, adoro. Nessas andanças, por conhecer tão bem o ambiente da igreja e o ambiente da noite, pude facilmente traçar algumas linhas que comparam os dois ares. Sim, comparam. Não tenho o menor medo disso, porque estou falando de algo que vivo e não de parecer que ouço de terceiros.
O que mais me chama atenção é, de um lado, alguns religiosos que defendem que sentar em bares nas rodas de riso, bebida, cigarros e música, é sentar na roda dos escarnecedores, conforme narra o salmista em Salmos 1, que diz que feliz é o homem que não se assenta na roda dos escarnecedores. Para iniciar, vale dizer o significado de escarnecer, no Aurélio:. Fazer escárnio de algo ou alguém; zombar ou ridicularizar alguém ou alguma coisa: seus filhos a escarneceram. Censurar sem piedade, ridicularizar ou zombar. Fazer pouco de alguém - escarnir. (Etm. escar(nir) + ecer).
Sabendo disso, posso continuar dizendo que muito me deixa chocada quando escuto religiosos fazendo a comparação de que pessoas que se reúnem em bares, refeições, rodas da música, são escarnecedores, e mais pasma ainda eu fico ao relembrar que as maiores rodas de escarnecedores que eu estive assentada, eram formadas por pessoas da igreja, dentro da própria igreja, escarnecendo de outras pessoas da própria igreja! Hoje, vejo o quanto isso é atemorizante! Outras rodas, muito significativas porque, ou eu estava nelas, ou as via, eram formadas por pessoas da minha família, sim, meus parentes, lamento se você é um deles, e digo mais, ainda estão aí, em plena atividade, escarnecendo, julgando e condenando. Todos da igreja, todos religiosos. Todos ativistas do "reino".
Não quero pormenorizar as minhas impressões, porque certamente elas são só minhas opiniões, mas um fato que desejo muito mencionar é que, ao conviver com as pessoas nos bares, sinto uma energia tão diferente da que a que sinto no ambiente eclesiástico, no aspecto musical especificamente. Por exemplo, participei do denominado grupo de louvor, pelo menos 20 anos, sim,  20 anos. Nesses 20 anos, pude conviver e muitas vezes ser uma dessas pessoas que se feria quando não cantava, que se ofendia quando precisava ser corrigida ou ensinada na arte de cantar, nesse tempo, eu vi briga de egos e disputa pelo poder na esfera musical, gente que brigava pra cantar mais que o outro, músicos que lutavam pelo reconhecimento vaidosamente, gente que não se alegrava quando alguém cantava e tocava muito bem. Gente mesquinha, medíocre e egoísta. E não é coisa do passado. Hoje, ainda convivo com gente que faz biquinho porque pessoas novas aparecem no cenário aonde tudo era só seu. Gente que fica magoadinho porque aparecem pessoas dispostas a fazer bem o trabalho que fazia de qualquer maneira. Hoje, nos bares, sento-me para ouvir uma bela canção e me deleito com ela, daqui um pouco, sobe ao palco uma pessoa que também gosta de cantar, e eu me deleito com aquela voz, com aquela canção, com aquela energia, e tenho quase que um ímpeto de ir até aquela pessoa, abraçá-la e agradecer por me dar de presente sua voz, sua canção, sua alegria.  E eu atendo meu ímpeto, e beijo quem canta, beijo suas notas e frases, e me sinto tão feliz por poder dizer: Guria, você canta demais, que energia maravilhosa!!! E daqui a pouco, alguém me chama pra cantar, sem sequer saber meu nome, e gosta do que vê, e olha pra mim e diz: Que coisa linda eu vi em você, que energia massa você tem, sua voz me tocou, sua música entrou em mim! Mas pra os meus queridos e medíocres religiosos, eu estava cantando pra o Diabo! Nas mesas de bar, eu encontro a despretensão, eu não encontro a hierarquia invisível que permeia o mundo repleto das vaidades gospel. Nas mesas dos bares que bebo e converso com meus amigos, vulgo: roda dos escarnecedores, a gente fecha os olhos e canta de peito aberto algumas canções de paz que nos fazem sentir mais perto de Deus, mais até que  algumas canções como “eu sou um com você no amor do nosso Pai”,  ao contrário dos meus irmãos de bancos de igreja que fecham os olhos para não precisar olhar pra cara do outro e dizer essas sentimentalidades que sequer passam pela sua cabeça durante a semana, difícil sentir tudo isso só no domingo a noite.
Eu queria muito que as pessoas sentissem que a música não tem religião, que a bíblia diz que todo dom perfeito vem de Deus, do Pai das Luzes e portanto, enquanto eu quiser, a minha música é pra Deus, não importa se estou cantando Grande é o Senhor, ou se estou cantando Garota de Ipanema, a minha vida inteira canta porque Ele, o grande Senhor me presenteou com o amor pela música e com a alegria.
Engraçado pensar que, quantas vezes senti vontade de chorar quando, ao cantar no cenário religioso, passeando meus olhos na plateia do culto, vi olhos de nojo, caras ranzinzas, face de quase ódio por estar vendo ali um ser tão escória como eu, louvando. Ora.... Nunca li na bíblia: todo ser que não tem pecado, louve ao Senhor, todo ser que não bebe, não fuma e não ouve música secular louve ao Senhor. Mas li assim: Todo ser que respira, louve ao Senhor. E eu vou louvar.
Quando canto num bar, não busco aplauso, não busco nada, considero um singelo presente de Deus poder espalhar minha voz na vida de gente que não sabe quem eu sou, e que não me mede e não me julga, mas sente o amor de Deus através dos tons e cores que a música faz voar. Quando canto na igreja, considero mais ainda um presente por estar louvando a Deus com minha comunidade de fé, mesmo diante de gente que me julga e me mede e me sentencia indigna.

Se Deus quiser calar minha voz um dia, Ele o fará, enquanto isso, continuarei cantando, em igrejas, bares, velórios, teatros, trios elétricos, chuveiros, puteiros, e como diz Marisa Monte, 'aonde me levar a minha voz, eu vou', assim, leve, sem a menor culpa, me alimentando mais do amor de Deus revelado através de gente pagã - no conceito cristão - de gente que bebe, fuma, se droga, mas cheia de amor, carente de amor, gente igual a mim, gente que muito se distancia da tão superior classe cristã, outro nível(!!!), embriagada nos seus egos, nos seus conceitos, lotadas do seu raso amor, que em nada, nada, nada, lembra o amor do meu Jesus.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Renascidas das cinzas.. Como a fênix!! Ok, ok.. Não vou exagerar! Nem tão cinza e nem tão fênix ! Cá estamos nós. Dany e eu, eu e Dany em reticentes conversas ao telefone tentando elaborar um tema para um texto nesse blog em coma! E o pior é que o problema não é definir entre temas, é suscitar apenas um! Gostaríamos mesmo de ter uns 10 leitores e que eles sugerissem, né, Dani? Ia facilitar nosso trabalho. 
Bom, Dani e eu agora temos muito tempo.. Ela tem mais tempo que eu há mais tempo, eu agora, tenho muito tempo livre... E livro.. Muitos livros! Livro, música, cinema e pequenos prazeres. Disso se faz ultimamente nossa vida. E não está ruim não, pra informação dos desavisados. A vida é apenas uma readaptação. Negras noites adaptando-se à suaves alvoradas, sóis vespertinos adaptando-se a platinadas luas.. E nós, independente da estação, continuamos nossa vida, nosso show, nosso grande espetáculo de acontecer, não apenas passando, mas tecendo, bordando e musicando cada instante do nosso viver.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Meu Primeiro HaiCai



Dama da noite
Sucumbida a lua
Ninguém faz côrte.



 

Utilidade Pública

Em virtude dos inúmeros pedidos 
e desesperadas solicitações,
os comentários estão de volta.
Podem comentar a vontade.

terça-feira, 7 de junho de 2011

AnimuS Necandi

Sabe aquela pessoa que a gente tem que sempre explicar a piada?
Sabe aquela pessoa que se faz de solidária e altruísta, mas sempre joga as responsabilidades que assume para outro desenvolver e ela mesma colher os louros do sucesso?
Sabe aquela pessoa que senta a mesa e espera ser servida toda vez?
Sabe aquela pessoa que cava elogios?
Sabe aquela pessoa que emana uma falsa modéstia?
Uma falsa humildade?
Sabe aquela pessoa que passeia entre a ignorancia e a extrema alienação?
Sabe aquela pessoa que mede todo mundo da cabeça aos pés?
Sabe aquela pessoa que resvala inveja de quem consegue ser feliz sem fazer o mesmo esforço que ela?
Sabe aquela pessoa que escolhe um clã para bajular?
Sabe o quanto bajuladores são desprezíveis?
Sabe?
Sabe?
Sabe essa pessoa insuportável?
Não desce!
Gente assim, não desce!
Gente assim me engasga!
Gente assim aflora o meu "animus necandi".

sexta-feira, 3 de junho de 2011

BeSTaGi!

Acho tão engraçado quando a Daniela fala assim pra mim, quase chorando:

 - Ah, Anne! Faz lá! Purfavônnhuônn !
Escreve lá no blog!
EU: - Mas ninguém olha, Danneee! 
Ninguém acessa o blog!
DANI: ah! Mas coloca lá, 
só pra ser besta!
Daí, eu não digo nada, 
olho pra cima e eis que surge aquele balão com bolinhas das histórias em quadrinhos e dentro dele, 
escrito assim:
Mas eu já sou tão besta... 
Tem necessidade de ser mais???!!!!
Ainhn... que engraçado!



sexta-feira, 20 de maio de 2011

Do Carpe Diem

Considero a filosofia do Carpe Diem uma das mais fantásticas que já conheci. Carpe Diem é uma frase em latim de um poema de Horácio, e é popularmente traduzida para colha o dia ou aproveite o momento. É também utilizado como uma expressão para aconselhar que se evite gastar o tempo com coisas inúteis ou como uma justificativa para o prazer imediato, sem medo do futuro. As vezes rola uns hematomas, mas viver a vida da forma mais intensa possível é o que há de melhor. Acredito tanto nisso que em algumas situações, considero o dia pequeno demais diante de tantas possibilidades que se havia a viver no seu sol, e nesses casos, fica o  registro do dia, da luminosidade, do calor. Mas como ocorre dentro da normalidade da vida, todo dia tem seu fim e quando ele vai, no ápice da beleza de um pôr de sol, ou numa nebulosidade indesejável, resta o caminho, resta prosseguir. Nessa hora em que se decide caminhar, é possível vislumbrar um horizonte de possibilidades e um oceano de novos dias... Toda essa paisagem outrora ocultada pela própria posição dos olhos, insistindo em olhar o que ficou para trás, como se nada mais houvera se não aquele dia que acabara de ir, passa a revelar-se num outro belíssimo momento, ávido por ser aproveitado, e quem sabe desse dia, possa-se desfrutar a essência com muito mais maturidade e responsabilidade... E não há causa de traumas, afinal, há tantos dias, há tantos sóis.. É só olhar pra frente e carpediar...

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Homem de TPM

Alguém já viu homem de TPM? Eu já. E não é influenciado pela TPM de uma mulher, não! É um homem com os seus próprios sintomas psicossomáticos de frescuração e drama agudo. Quando você convive de perto com alguns homens, e se você for observadora, perceberá, fácil fácil, que não é só o humor feminino que varia à mercê dos hormônios.Uma pesquisa realizada por Gerald Lincoln, do Conselho de Pesquisa Médica de Edimburgo, Escócia, descobriu uma anomalia hormonal masculina que batizou de Síndrome do Homem Irritável (SHI), uma espécie de equivalente masculino da velha conhecida Tensão Pré-Menstrual (TPM). Lincoln encontrou a síndrome em carneiros no inverno, o nível de testosterona desses animais cai mais de 90% e, como resultado, eles ficam agressivos, irritados, confusos e extremamente emotivos. Sintomas absurdamente chacoteados pela ala masculina, quando demonstrados pela mulherada. Homem de TPM chega a ser engraçado. É assim: Ele vai sorrindo e volta com uma cara de cu sem precedentes. No meio tempo, fica fazendo beicinho e olhares perdidos e aquela boca suspensa de quem está esperando uma mosca entrar. Cala-se abruptamente, por mais falante e piadista que seja, e fica olhando para o horizonte, parecendo uma rapariga sensível. É muito engraçado. Não. Eu não estou rindo da desgraça alheia, mas é que nós mulheres, além de sofrermos desse mal em dia marcado, já sabemos identificar os sintomas da TPM e nos policiamos, enquanto ele, não sabe o dia e nem a hora em que sofrerá o ataque fatal do humor alterado. O macho ruim, tadim, fica perdidinho, e quando a gente pergunta o que é que ele tem, ele responde assim, jogando o cabelo imaginário para trás do ombro e com cara de poucos amigos: "Nada!" Que nem nózes!!!! E como o lourinho gracinha do Engenheiros, Humberto Gessinger, escreveu na linda canção Ninguém é igual a ninguém:
"...todos iguais
E tão desiguais
uns mais iguais que os outros."

sábado, 30 de abril de 2011

E hoje em dia, como é que se diz: Eu te amo?

Há alguns dias tenho tentado escrever sobre a facilidade e/ou dificuldade que temos em expressar nossos sentimentos e emoções. Deparei-me com a dificuldade de verbalizar tudo isso, mas vou tentar e talvez encontre a mesma facilidade que tenho em demonstrar sentimentos. Acho digno ser transparente. Acho sofrido. Sou dessas. Amo com força de vísceras.. Abomino com nós de tripa. É isso. E isso, no frigir dos ovos, me faz um bem danado. Não vou falar sobre os sobressaltos de ódio e ira que tenho, mas sobre o amor. Sou desprendida de exteriótipos e facilmente faço as pessoas me odiarem e logo depois, amarem, e um pouco depois ainda, serem mornas, enquanto eu, permaneço no sim ou não. Amo sim. Amo não. Sinto-me muito bem em poder olhar no olho de alguém e dizer que amo, sem esperar um eu te amo de volta. Sim. Isso é possível e não dói. Porquê? Porque eu me deleito nos meus sentimentos. Amo por mim e pelo outro. Logo, não me endurece não ouvir a reciprocidade. E a realidade é que eu não perco nada em amar! Ganho muito. Não que eu não deseje que haja retorno, mas não dependo dele e não me sinto ferida com a sua  ausência. Quando digo eu te amo, a mais feliz sou eu e com isso, descobri como posso curar minhas  feridas emocionais.  As feridas emocionais são provocadas pela forma como reagimos a nossa realidade e são agravadas e potencializadas pela forma como liberamos isso. Tenho uma reação emocional para tudo que vivo, isso é dentro, mas a forma como vou me expressar é uma escolha pessoal, isso é fora. E é isso que pode agravar a profundidade das minhas feridas emocionais. Entendo que quando eu me expresso, eu me curo. Entendo que quando eu amo os meus amigos, meus pais, e as pessoas que de alguma forma me fazem bem, e verbalizo  o amor, curo as minhas emoções e posso, por tabela, curar a emoção de alguém que não se sente amado ou que não consegue se expressar. Quando eu digo verbalizar, leia-se também: ter atitudes de amor inesperadas.  Surpreender. Amar demais não é fácil, mas é compensador. As vezes é constrangedor! Mas eu quero, além de amar, dizer que amo e que me importo, pois acredito ser extremamente saudável para a minha mente, para o meu corpo e para o meu coração. Sinto que amar e verbalizar me ajuda a viver em paz, me deixa mais forte, feliz e confiante, e eu preciso disso para viver melhor e ser mais produtiva. Todos os dias esse é o meu desafio: olhar pra dentro de mim e encontrar as minhas verdades, muita gente não aprecia essa prática, pois as vezes ela é dolorosa, mas o exercício do auto exame é muito válido no crescimento como pessoa. O desafio aqui é encontrar coragem para mudar. Isto é histórico, mas é moderno, o homem sempre precisou ter coragem para enfrentar desafios, e mudar o seu modus operandis é o desafio master. Desafio você. É você! Procure dentro de si mesmo o start das expressões ... Nunca é tarde demais para expressar os sentimentos bacanas que todo mundo tem dentro de si. Nunca é tarde para encontrar alguém com quem valha a pena compartilhar as dores e dissabores, os amores... Nunca é tarde para descobrir que dentro de si, há um punhado de sentimentos, loucos para serem verbalizados!

sábado, 16 de abril de 2011

EsPeRa SeNTaDa!

Existem mulheres que não se emendam nunca. Refazendo: Nós mulheres não nos emendamos nunca. Passa o tempo, passam eras, e a gente comete os mesmos enganos e espera as mesmas coisas dos caras. Mas algumas coisas não mudam. E seria bem melhor pra nós, se deixássemos de esperar essas coisas. Viveríamos mais leve, mais em paz, sem sobressaltos. Por exemplo, porque a gente sempre espera o cara ligar? Porque? E quando o telefone toca, o coração galopa, e quando a gente confere no identificador de chamadas, uma frustração obesa toma conta de todo o nosso ser,  e a gente atende, com pesar, aquele amável operador de telemarketing do banco Itaú, que gentilmente nos avisa pela 39° vez ,que o nosso carro será ajuizado ,pois está com 108 dias de atraso nas parcelas! A gente deveria ser descolada como os homens.. Viver sem ansiedade ou sobressaltos da paixão deve ser interessante.. Então.. Vamos tentar? Sei que é impossível não sentir, mas se a gente conseguir dominar esses males por alguns dias ou instantes, será um grande passo para libertar-nos dos grilos.. Então, seguem umas considerações do que a gente deveria defivamente PaRaR de eSPeRaR DoS CaRaS:

1 - Nunca espere que o seu ogro te convide para discutir relação. Convença-se que discutir relação é um saco! E é mesmo gente. Opinião minha. Odeio quando ele começa com esse lero lero.
2 - Nunca espere que ele queira sexo na hora que você quiser. A lenda reza que homens só pensam em sexo, e isso é mentira. Provavelmente ele vai querer numa hora que você não quer.. Então..  Se você não quiser, ele provavelmente usará um antigo método de manipulação. Nada impede que você faça o mesmo!
3 - Desista de vez de contar com a solidariedade dele quando você estiver de TPM, quando você tiver um ataque de pelanca, ou quando você entrar na menopausa.. E nem entre em assuntos de oscilações hormonais. Sabe a professora do Charlie Brown, do desenho do Snoopy? Então.. Ela fala assim: Blá Blá Blá Blá.. É assim que o cara estará te ouvindo quando você estiver discertando sobre seus hormônios e sua depressão menstrual!
4 - Não almeje que o cara se pareça com seu pai, com o Brad Pitt, com o Bono Vox, e nem tão pouco com aquele marido dos sonhos da sua prima... Ele não será. Ele não chegará nem perto, e ele está cagando pra isso.
5 - Não espere que ele seja sensível com suas amigas. Agradeça a Deus se ele ao menos for educado, pois eles pensam que quando as amigas se reúnem, elas tramam traições e formas de como punir o companheiro, e essas formas são na sua maioria, na cabeça do cidadão,  punições de conteúdo abstêmico sexual, o que é uma grande inverdade.
6 - Jamais imagine que ele se sentirá responsável por sua felicidade! Dispensa comentários. Homens em geral não são tão altruístas assim..
7 - Não espere que aquele alienado vestindo camisa de time numa quarta a noite ou sábado a tarde, te dê carinho ou atenção. A decisão do campeonato vale mais que qualquer outra coisa na vida do ser boçal em questão, vale mais, inclusive, que você e a mãe dele.
8 - Não espere que essa pessoa distraída perceba ou adivinhe (como eles preferem dizer), o que você quer. Contente-se em explicar o óbvio infinitas vezes, e contente-se em saber que ele não vai fazer, não vai falar e não vai agir como você deseja! Tente a milenar arte da comunicação, não dói ser direta! Diga o que quer com todas as letras. É mais fácil! Nesse tópico eu sou um pouco  radical: Ligo o foda-se! Não quer fazer não faz, não quer falar não fala, mas aguenta as consequências. Tenho inteligencia para direcionar.. Você também tem amiga, então, guia seu cara pelo caminho que você quer que ele ande, sem que ele perceba que está sendo empurrado direto para o centro da sua vontade. Pode parecer difícil, mas a prática levará você a perfeição!
9 - Não espere que ele lembre das datas. Aniversário de mês, de ano, de hora.. Tem mulher que é um saco né? Esqueça também.. Daqui uns 200 anos ele vai olhar pra você e dizer assim: - A gente já fez aniversário né? Você respoderá serenamente, sim serenamente, por que estará liberta desta bestagem: - Acho que sim! E pronto.. Assunto encerrado.
10 - E por ultimamente: NÃO ESPERE QUE ELE MUDE. Mude você e seja mais feliz. Espere menos do cara e divirta-se mais. Divirta-se com o momento! E se você não esperar nadinha do cara, o que vier é bônus e você vai se sentir lisonjeada se ele disser que te ama sem mais nem menos.. daí... Você vira pra o lado e finge que não ouviu.. Pra ele não ficar sem graça....


E tenho dito,

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Dia do Beijo.

EU: - Hoje é dia do beijo.
EU: - E daí?
EU: - Eu beijo todo dia!!
EU: - Mas hoje eu vou beijar mais.

Pronto Falei!

Cidadão: - Você é de modinha? [repetidamente]
Cidadão: - Porque esse negócio de dia do beijo é coisa de modinha!
Eu: - E daí  mano?
Quem fez a moda fui eu, 
e eu beijo é toda hora que dá vontade e daí, e daí, e daí???

Imagens pra você se inspirar e beijar geral:
Essa primeira é a minha preferida.. 
Não sei porqueannn... 
[sei sim]




domingo, 3 de abril de 2011

Dane-se


Eu escrevo minha vida todo dia. Literalmente falando.
Escrevo minha vida inteira.
Eu canto em alto e bom som cada passo meu!
Se alguém, algum dia, tiver a audácia de dizer a razão de não me saber, de não saber o que eu penso, o que  eu fiz e os meus porquês, éticos ou não... se alguém um dia alegar que eu não fui sincera ou suficientemente transparente, que fiz tudo escondido e que ludibriei indiscriminadamente, é porque nunca me leu, e se me leu, sinceramente, não me entendeu!
Essa sou eu.
E que se danne quem continua sem entender nada!
Que nos dannemos nós!

segunda-feira, 21 de março de 2011

QseDanne a Maria Bethânia!

Hoje quero mandar um QseDanne especial para a Maria Bethania! Sério! De coração!! A mulher é cheia da grana, carreira pronta, sucesso total, e agora aclama ao dinheiro público para manter um blog de poesias, ou vlog, que seja! Ah! Vá! Sabe quanto eu gasto pra fazer esse blog? Nada! Tudo bem que pouca gente lê, mas deveria o governo, por essa razão, investir no meu blog, para que tenha fluxo de leitores e não subsidiar essa criatura obscenamente feia com um milhão e trezentos mil reais. Eu me voluntario a recitar as poesias de Pessoa, Lispector e quem quer que seja... Governo, o senhor me dá quanto?????

quarta-feira, 16 de março de 2011

LiMiTe? DeSCoNHeÇo!

Não sei quanto a você, mas sinto que quanto mais a gente tem consciência das coisas erradas, (erradas, conceitualmente falando),  mais as realizamos de forma consciente! Paradoxal ou lógico? Parece lógico, mas eu considero paradoxal. Quanto mais eu sei que não devo cometer algum 'crime', mais o desejo cometer de livre e espontânea vontade,  mais o concebo, só pra sentir o sabor, só pra sentir o estúpido prazer de fazer algo que não deveria. E esse prazer é muito grande!  O problema é que com o passar do tempo, as coisas proibidas vão deixando de ser e a gente procura delitos mais graves para cometer! Para ativar a adrenalina, para fugir do tédio, para mergulhar no desconhecido! E como me fascina o desconhecido! Qual é o limite?  Não sei quais são os limites e nem me importo de ir longe demais para descobrir se há mesmo o tal do limite! Uma hora dessas, eu esbarro com ele, e aí, vou ver se o famigerado existe e é mesmo - O limite - ou se é apenas um impostor tentando ludibriar-me, para que eu não avance mais um pouco nas loucuras a que me proponho no meu cotidiano hard core.

sexta-feira, 11 de março de 2011

E agora, Jardel?

Hoje ouvi a história do Jardel! O Jardel sempre viveu na rua. Nasceu, cresceu e até hoje – se não fosse pelo ocorrido que me fez saber de sua existência – era por lá que ele vivia. Alguns dizem que ele já vendeu balas nas quadras da Asa Sul, outros falam que ele pedia esmola ou fazia palhaçadas nos semáforos, vigiava carros e até carregava sacolas para as senhoras ricas que faziam compras em supermercados caros das superquadras. Às vezes estava faminto, outras vezes se mostrava agressivo. Em alguns tempos era em um sorriso distante que ele se mostrava e quando estava com aquele ar disperso, na brisa, era que ele se sentia útil, se sentia alguém, se sentia capaz, se sentia especial. Provavelmente, eram nos entorpecentes que ele encontrava motivo ou desculpa para continuar ali, persistente naquela vida ingrata.

Tinha alguns amigos e, ainda que fossem de aparência estranha, era com alguns deles que ele, de vez em quando, podia contar. A brisa passava e eram esses amigos que traziam mais brisa e, quando ninguém mais tinha, juntos iam tirá-la de quem tinha! Afinal, cada um se encanta com a brisa que lhe é permitida ver ou ter!

Mas hoje o Jardel foi encontrado e acabou se transformando em notícia de jornal. Prenderam o ladrão da Asa Sul – assim dizia a matéria – e quem puder se dirigir à delegacia para reconhecê-lo como o provável batedor de carteiras que já desgostou e ameaçou tanta gente na Asa Sul, irá ajudar – apela o delegado, na tentativa de achar maiores razões para mantê-lo encarcerado.

Penso que o Jardel irá gostar de ser “reconhecido” e, talvez, se sinta até especial por isso, na ausência da brisa para consolá-lo. É triste saber que o Jardel, aos 27 anos, nunca soube e nunca aprendeu a viver de outra maneira e, que agora, terá sua vida detida em um sistema que lhe arrancará o tiquinho de humanidade que ainda poderia restar em sua alma. E sabem por quê? Porque em seus padrões ele estava apenas sobrevivendo, como eu e você tentamos fazer todos os dias!

quinta-feira, 10 de março de 2011

FiCa a DiCa

Queridos leitores e amigos que nos lêem 
apenas por insistência ou porque gostam mesmo

 Alguns de vocês reclamam desesperadamente, que embora desejem ardentemente comentar os nossos textos, não encontram o lugar adequado, ou simplesmente, não sabem onde é que clica. Então, fiz esse post especialmente para você, que não sabe comentar no nosso blog, mas deseja. E, poxa.. o que faz um blogueiro feliz é o comentário do leitor. Então, acho justo explicar o acesso e acho que não tem como errar. Nesse blog, o link de comentários está dentro do círculo vermelho, que está sinalizado discretamente por uma setinha também vermelha e a palavrinha em que se clica é - Impressões - . Veja na imagem abaixo!
Vamos ver se ajuda?! Espero que sim.
Uma beijoca!
Dany e Anne

quarta-feira, 2 de março de 2011

"ViVa a SoCieDaDe aLTeRNaTiVa"

Tenho piedade de pessoas que, como eu, foram criadas pra ser ou ter um padrão de comportamento.  "- Não pode isso, não pegue ali, não toque acolá, não olhe pra isso, não escute aquilo e não faça isso, isso e mais isso". Uma lista interminável de regrinhas que, segundo os elaboradores da tal lista, fariam a criança ser bem aceita, bem falada e o mais importante:  faria com que o Papai do Céu gostasse dela. Um jugo pesado pra uma criança carregar. Afinal, conseguir a simpatia de um cara como "O Deus", é uma missão e tanto, e falhar nessa missão, certamente é muito desastroso. Hoje, vejo as mesmas coisas acontecendo, descaradamente, na minha frente. Vejo crianças do meu convívio sendo bombardeadas com frases como: "-Se você não for obediente, Papai do céu não gosta". "- Se você for boazinha, irá para o céu, se for má, irá para o inferno". A despeito do certo e do errado, acho todo esse conceito entediante. Sei que muitas vezes é um modo subliminar  e eficaz de ensinar ao filho, que não entende figuras mais complexas, que existe uma hierarquia espiritual e secular/familiar, que deve ser respeitada. Mas acredito que esse modelo construa cidadãos robotizados, sem condições de questionar, sem pensamento. E isso me incomoda. Eu, com toda a minha rebeldia, crítica e doses cavalares de 'porquês', sou, muitas vezes, induzida a fazer coisas que não quero e a aceitar coisas que não acho que deveria por causa da vontade dos meus pais, pastores ou líderes, ou simplesmente para não ferir pessoas que amo, imagino as pessoas que são criadas sem um mínimo de incentivo ao questionamento, ao pensamento! Elas são alvos fáceis demais!  O que um líder inteligente pode realizar, ou levar a  fazer, um grupo de pessoas assim? Temos alguns exemplos na história, de líderes como Jim Jones, que levaram grandes grupos ao suicídio coletivo e voluntário! E qual a diferença entre suicidar-se e viver como um zumbi? Não pensar é viver como morto! Uma geração acéfala eu já posso ver caminhando pelas ruas o tempo todo, com suas crocs e conceitos pré fabricados, de fala, de moda, de corte de cabelo e de comportamento. E a geração que virá depois dessa? Será uma bosta! Tenho medo. O deprimente é que essa massa descerebrada está enchendo as igrejas, os colégios e as universidades. E então, diante dessa densa população desnorteada, é fácil e leve impor todo e qualquer sistema de governo, liderança ou conceito. E ai de quem discordar dos tais conceitos! É rebelde.. Logo logo será lançado na fogueira, a fogueira dos desviados, desigrejados, despeitados, rebelados, insubmissos! E como me disse um big friend esses dias: "Você está saindo da Matrix! Viva a sociedade alternativa!" Saia da Matrix! Isso não implica ser certo ou errado, tão pouco abandonar suas convicções ou sua fé, mas sim em questionar a realidade em que se vive! Até que ponto te contaram a verdade sobre sua religião, sobre sua família, sobre Deus ou sobre você mesmo?! Descubra! Tente se conhecer e encontre um modo alternativo de viver uma vida que pode ser até igual a que você vive, mas que tenha, pelo menos, sentido!

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Querido Diário

Venho informar que eu estou cagando pra todo mundo. Isso é grave. Você, diário safado, que me conhece bem, sabe que antes, eu estava nem aí - para as C O I S A S-. Agora, preste atenção e entenda bem, "Tô cagando pra todo mundo". Que perigo!
Só isso mesmo.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

A voz de Victor Hugo se fazendo soar na praça Tahrir...

Acabei de concluir o segundo volume de "Os Miseráveis", e até terminar os dois volumes não fiz mais nada a não ser ler, ler e ler... Ninguém aguentava mais!

Mas, ao final dessa obra encantadora de Victor Hugo suspirei pensando que um livro assim é indispensável para a estante e para a alma. Através das personagens fortes e intrigantes, o autor consegue traduzir a essência da humaninade com a profundidade de um poeta e com a responsabilidade de um escriba.
E enquanto eu me deliciava com os revoltosos daquela Paris de 1835 contada por Victor Hugo, acontecia na praça de Tahrir, no Cairo, as insistentes manifestações dos milhares de egípcios que queriam experimentar o gosto da democracia. "É a queda do Muro de Berlim no mundo Árabe", uns diziam enquanto outros sonhavam com "um outro mundo possível" (tema do 11º Forum Social Mundial, que aconteceu em Dacar na semana passada) e foi o presidente Barack Obama que, em seu pronunciamento sobre a renúncia do ditador egípcio, disse que as vozes da Praça Tahrir ecoaram por todo o mundo e que o Egito nunca mais será o mesmo! 

Talvez o mundo não seja mais o mesmo, mas a humanidade acaba sendo a mesma, desde sempre! A batalha em Waterloo, a desocupação do morro do alemão, a Guerra de Canudos, a perversidade de Hitler, a paternidade de Getúlio Vargas; as mães que abortam, a justiça humana que condena, os homens fardados que açoitam; os homens enternados que oprimem; o pedinte no semáforo que se droga pra viver, o "desamado" que acaba sendo confudido com "desalmado", o ladrão que se disfarça de bomba de combustível e todos nós aqui... apáticos e... talvez... até felizes porque não precisamos ir a nenhuma praça implorar por nenhuma democracia. 

Creio que as vozes da praça Tahrir associadas às palavras de Victor Hugo ainda soarão por um bom tempo em meus ouvidos... E meu espírito, ora ou outra, se questionará sobre o quê os meus lábios pronunciam, por onde os meus pés trilham, o quê as minhas mãos produzem e o quê a minha alma anseia avidamente!

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

QseD'aNNeM as BiZaRRiCeS de ToDo MuNDo

Não sei você, mas eu tenho uma mania de fazer umas perguntas bizarras!!! Tipo: "Para onde vão os guarda chuvas?" Muitas vezes as minhas perguntas não tem ou não merecem respostas, ou como dizia alguém que não lembro, perguntas idiotas merecem respostas imbecis. Vou  explicar o porquê da pergunta do guarda chuva, para que você possa entender o espírito da coisa: eu me pergunto pra onde vão os guarda chuvas, porque eu mesma já perdi uns 10, e sempre vejo pessoas que perderam, e nunca acharam seus guarda-chuvas. Você! Conhece alguém que tem um guarda chuva há 10 anos, 2 anos que seja!? Pra onde vão os guarda-chuvas? Outra pergunta que sempre me faço é: estou andando pela rua e vejo uma pessoa com a indumentária um tanto esquisita. Ponto. Eis a pergunta: "O que essa pessoa pensou quando se olhou no espelho e disse: -vou sair com essa roupa?" Ou então: Será que essa pessoa não tinha alguém para perguntar: - Essa roupa está legal? Enfim, são perguntas sem respostas. Isso posto, informo que quero fazer um blog com perguntas idiotas e respostas imbecis, ou até sem respostas, e enquanto o blog não vem, quero que você me conte sobre uma pergunta bizarra que você fez hoje, ou ontem, ou que se faz todos os dias. Todo mundo se faz perguntas bizarras, no trânsito então, nem se fala! Mas não precisa ser só pergunta, Pode ser uma frase com alto teor de filosofia, como por exemplo, essa que eu faço nesse cenário - O trânsito! Levo uma fechada. Olho para o retrovisor, bem no fundo dos meus olhos, e digo: CUIDADO! ANIMAIS NA PISTA! Não é possível que apenas eu seja estranha o suficiente para criar esses diálogos insanos comigo mesma. Quer outro exemplo? Vejo uma foto da Preta Gil com um vestido curto. A parte interna da coxa dela, muito pior que a minha. Eu olho pra minha coxa, e não falo nada. Apenas vejo um ponto de interrogação em cada celulite  da minha perna, perguntando alguma coisa para as celulites da perna dela! Só isso! E por último, tenho um amigo que diz que é "mortal nas horas vagas!!!" Gente!  O meu  silêncio quase fúnebre é a pergunta! Os gestos do Krusty, nessa figura acima, também é a pergunta .... Traduzinho: O que esse cara pensa que é? Mortal nas horas vagas?! É muita soberba!  Enfim, postarei as perguntas, respostas ou filosofias, que você comentar nesse post. Estou ansiosa por descobrir que eu não sou a única estranha nesse planeta! E não se acanhe! Sei que na sua cabeça não tem apenas uma pergunta bizarra!!!

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Súplica Cearense

Hoje, quando eu acordei e vi o dia todo molhado, fiquei balbuciando aquela música do Luiz Gonzaga (que veio a mim pela voz do Falcão do Rappa), “Súplica Cearense”. E eu acabei perguntando ao vento: O que é que está acontecendo com esse tempo minha gente? Um dia faz um calorão e no mesmo dia, à tarde, cai uma tempestade de arrancar os telhados. Alagações em várias cidades do país e do mundo e tanta gente morrendo pela “fúria da natureza”. Será que a culpa é do cearense da música que fez a prece errada? Será que é a manifestação da ira Divina, como quando Poseidon se irritou com Ulisses? Ou será que são os excessos da influência do homem na natureza? Prefiro ficar com a terceira dúvida. As duas anteriores eliminam qualquer possibilidade da minha ação para melhorar. A última, pelo menos, faz soar um sininho... será que ainda tem jeito?
Eu sei que esse papo de meio ambiente, de preservação, blá, blá, blá é um saco, ainda mais quando tanta instituição usa esse tema para fins pessoais e políticos. Até porque esse não é assunto de instituição. É um assunto da humanidade, um assunto de sobrevivência. É claro que não estamos acostumados a pensar a longo prazo tipo em como estarão os nossos filhos daqui a 20 anos. A gente nem sabe se vai estar vivo! Tá bom, mas vendo essa bagaceira climática desses útimos tempos, não dá pra não fazer aquela pergunta piegas: O que se pode fazer pelo meio-ambiente?
O mais irritante mesmo é ver se repetindo as mesmas promessas de sempre em relação às agressividades fluviais. Fala-se tanto em “obras” para diminuir os problemas ambientais, mas ninguém percebeu que essa “aceleração do crescimento” requer construções em margens de rios? (Não me refiro ao PAC, tá lulistas e dilmistas, pois imagino que nesse programa existem técnicos sérios que atuam com responsabilidade). Mas, desde quando surgiram os primeiros problemas de enchentes em São Paulo, já se discutia sobre os males causados pela retificação do Tietê que encolheria o Rio. Os vereadores diziam: “É uma grande área que tem que ser aproveitada, então vamos diminuir os rios e construir casas!” “Vamos dar moradia e dignidade ao povo!”.
Mas, cadê a dignidade agora?
Fique tranquilo, cearense! Não foi a sua prece errada, nem a ira de Deus. Foi a minha comodidade e minha arrogância. Minha insaciável busca por luxo. Minha ambição e arrogância em achar que a criação existe apenas para me servir!

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

qsed'anne a SeGooooNDa FeiRa??

Considero a segunda feira um lugar. 
Um lugar de tudo ou nada. Lugar onde você vai fazer e acontecer ou não.
As maioria das pessoas odeia segunda feira por que é dia de trabalho, ou porque o domingo terminou muito tarde e as sensações prazerosas causadas pelo final de semana podem ser abruptamente engolidas pela simples lembrança da labuta habitual da segunda ou ainda por que a igreja católica decidiu que segunda feira é dia de rezar por todos os defuntos! Francamente! Quem precisa de reza é quem tem que encarar a segunda, que certamente estará com uma enorme dor-de-cabeça e levará um tremendo esporro do patrão.
Enfim, coitada da segunda. Diferente disso, considero a segunda linda, em geral, elas amanhecem assim, com um sol radiante e trazendo uma esperança gostosa de que a semana puxada por ela, será bem melhor que a que o sábado puxou. Considero a segunda um recomeço e se é pra recomeçar, que seja bem, e que seja com alegria, pois na minha semana, quem determina a qualidade como um todo, é a beleza da segunda feira! E na sua? Se você odeia segundas, como o famoso gato safado e preguiçoso chamado Garfield, e quer dizer: qsed'anne as segooondas!!!! Identifique-se nesse videozinho e tenha uma linda segunda, se é que isso é possível!

sábado, 5 de fevereiro de 2011

MiL ViDaS, uMa PoR Dia

Alguns dias, muitos na verdade, sinto vontade de ter mil vidas. Tá! Eu sei! Todo mundo tem essa vontade. Mas vou dizer porque tenho, pois sei que será um motivo bem menos nobre que o da maioria. Tenho vontade de viver uma vida cada dia! Vontade de viver as vidas mais bandidas possíveis, que esse invólucro pífio não pode ostentar nessa vida atual. Os adeptos de alguma crença com teorias evolucionistas me diriam para esperar, pois a reencarnação me daria essa dádiva, mas não! Eu não aguentaria tantos zilênios para por em prática tudo o que as vidas impublicáveis me dariam em dias. E, como dizem pra gente ser uma boa alma para reencarnar em algo que preste, sinto que eu não seria meeesmo as figuras insólitas que minha mente criativa desenha! Já que as minhas almejadas mil vidas, uma por dia, não virão jamais, arquivo no meu HD as aventuras inóspitas e inarráveis dessa personalidade múltipla e ensandecida que vive enlouquecidamente na circunferência infinita de uma mente anti monotonia!

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Qsed'anne(m) as mulherzinhas!!!

Então, Anne, Qsed’anne(m) as mulherzinhas!

E foi o seu post que me levou a uma discussão sobre “as mulherzinhas” aqui no serviço. Foi um barato! Até porque aqui tem mulheres, de todos os tipos e idades, também alguns homens que adoram se intrometer em nossas conversas e um gay que, para esses assuntos, tem sempre uma visão macro.

Algumas meninas acham que a mulher é sim o que ela veste, afirmando que uma boa aparência abre todas as portas (ou pelo menos as melhores), outras discordam, dando mais valor ao intelecto, à postura relacional e ao equilíbrio das emoções. E quando a discussão começou a esquentar, os homens se intrometeram. Disseram, com desdém, que as mesmas mulheres que têm no discurso a super valorização do intelecto, são as mesmas que, há pouco, rejeitaram o pudim e o sorvete que tinha aqui no setor, pois precisam manter a forma. Ah, não! Mas vocês estão exagerando, isso é valorização da saúde e não da aparência – se defende uma, enquanto outra, com um sorriso desafiador, diz que quando não come nada assume logo que é por vaidade! Os meninos então continuam e reclamam que as mulheres quando não estão tão preocupadas em ser a mais bonita, fazem de tudo pra ser a mais inteligente. E sabe de uma coisa? Eu acho que eles têm razão.

E enquanto todos argumentam, eu penso que criaram um estereótipo (ou vários) de mulher perfeita e a gente acaba seguindo esse rumo, sem perceber. Antigamente mulher que era mulher ficava em casa, cuidando da casa e mimando o marido. Hoje, mulher que é mulher trabalha o dia todo com roupas e bolsas de griffe, não têm tempo pra família (quando se quer isso, pois a maioria prefere não ter), tem todos os diplomas possíveis e quase todas preferem se masturbar com acessórios “chiques” ou encontrarem um pinto amigo para enganar a solidão. Não sou contra nenhum dos dois tipos, mas sou contra os estereótipos! Os dois se encaixam perfeitamente na definição da Anne de “mulherzinha”. Será que se não for mulherzinha tem que ser meio macho ou nº 45? Será que ninguém percebe que mulher é mulher, independente se toca guitarra ou flauta? Mulher não deixa de ser mulher se ficar com a unha preta por trocar um pneu, oras! Mulher é mulher porque sabe conciliar força com sensibilidade. Sabe ninar e dar as palmadas necessárias. Sabe chorar de alegria e rir de raiva e sabe também ser inteligente e ser bonita.

Ah, Anne... Só pra constar, amarelo e preto não tem nada de machão, ta? Acho até que é a mais acertada combinação de cores para decifrar o espírito feminista. O Amarelo e o Preto lembram as abelhas e elas, que poderiam ser as idealizadoras do feminismo, fazem tudo sozinhas. Só usam o Zangão para reprodução!

Eu pedi pra ela não ser Mulherzinha!

Eu não queria um blog de mulherzinha! Estava todo rosa e com flores, tinha até batons e balangandãs afins, e eu falei pra ela: Dani! Eu não quero um blog de mulherzinha! Mulherzinha cai no descrédito. 
Pense numa mulherzinha. Ei-la: 
Roupinha de grife, eu uso, mas não sou mulherzinha. A mulherzinha usa a roupa e a roupa a usa! É passaporte! Bolsa de grife. Eu adoro. Mas eu sou eu, a bolsa é a bolsa! A mulherzinha é a bolsa, entende? A bolsa fala e a mulherzinha muge! As amigas da mulherzinha, dizem  "- Oiiiiiiiiiiii", para a bolsa e não para a mulherzinha. Mas, vamos adiante!Moda e tendências são peculiaridades indiscutíveis. Quadrinhos e vídeos games! Adoro! A-DO-RO, jogar guitar hero com meu marido, e diga-se de passagem, eu dei de presente pra ele um X-BOX 360. Isso não é coisa de mulherzinha! Gosto demais de uma caipirosca, mas quando ele bebe, eu prefiro me abster, pois de certo eu irei dirigir, mas já vi a mulherzinha, regular o cara que bebe, os amigos do cara, e até o garçom! Ah! Vá!!! Ler horóscopo! É coisa de mulherzinha. Toda mulherzinha é previsível e o horóscopo adora esse tipo. É tão fácil fazer previsões coletivas! Até eu me transformo em oráculo para prever as futilidades que elas adoram ser e ter. E eis que te digo: Tem homem que também é mulherzinha!!!! A saber, não me lembro de encontrar mulherzinha no show do Iron Maiden! Gosto de futebol, rodas de liga leve, carrões importados, fórmula truck, mas não gosto de boxe. Pra essas coisas de violência, confesso: sou mulherzinha! Quando me apaixono não gosto de grude, não gosto de falar ao telefone e quando dou "tchau", não digo: - desliga você primeiro! Eu desligo mesmo! Eu também não digo: "-Eu te abo bais! "Quando digo eu te amo, é eu te amo e pronto. Inteiro e completo. Nem mais e nem menos.  Não gosto de dormir abraçada e muito menos de conchinha!  Converso de homem pra homem com alguns amigos mais íntimos sobre mulheres gostosas, pegáveis ou não. Se as mulherzinhas ouvissem o que tenho a dizer sobre virgindade, masturbação e sexo anal, sairiam gritando e chorando em cima de seus scarpins cor de rosa chiclete! Sendo assim: Não sou mulherzinha. E passaria dias escrevendo facilmente o que é ser ou não sê-la, mas, tenho muito peso pra pegar, contas a pagar, óleo pra trocar! Coisa de macho, sabe! Ahn, passo a bola pra Dani! A bola ou a bolsa? Dani, você é mulherzinha? Se disser que não é, eu acredito, mas não precisa ser tão macho quanto esse amarelão e preto desse layout não, garota!!! [Esse post todo foi só pra dizer isso!] Yeahh!! Rock na veia!!! E só pra constar, eu sei que gramaticalmente falando, o correto e mulherezinhas, mas isso TAMBÉM é coisa de mulherzinha! E tenho dito.

DeSceReBraÇão BBB 11

Pode ser também ACEFALIA, pra quem não entendeu o trocadilho... Não sei porque, mas tenho essa mania! Mas.. O título do post, quer evocar a letra de Perfeição do Renato Russo, que diz:
Vamos celebrar a estupidez humana
A estupidez de todas as nações
O meu país e sua corja de assassinos
Covardes, estupradores e ladrões
Vamos celebrar a estupidez do povo
Nossa política e televisão
Vamos celebrar nosso governo
E nosso estado, que não é nação
Celebrar a juventude sem escola
As crianças mortas
Celebrar nossa desunião...
Nessas entrelinhas vejo a acefalia chamada BBB. Gosto de relaxar vendo TV, as vezes, olho mas não vejo, escuto mas não ouço, sabe? Mas, é impossível ficar indiferente a tamanho absurdo a que estamos sendo expostos. Considero - o fundo do poço - é isso.  Considero a mais profunda bestificação da televisão brasileira! A que ponto chegamos?! Pedro Bial, um jornalista com belas histórias, escritor de fortes textos, 'o cara' que cobriu a queda do muro de Berlim, se apresenta com essa mediocridade, chama aquele povo vulgar, sem ética ou vergonha na cara , de HERÓI! O mesmo povo que, nos anúncios do famigerado BBB 11 habitaria o nominado por ele mesmo: “zoológico humano divertido”. Pow! É sacanagem gente! Herói sou eu, cara, que saio de casa todo dia pra o meu trabalho, luto até 15:55 pra ajuntar a grana pra cobrir os débitos do dia no banco, corro pra fazer entrega, ligo pra fazer venda! Poxa! Heróis são aqueles brasileiros que salvaram gente soterrada nas enchentes do Rio de Janeiro, colocando em risco sua própria vida. Heróis são as milhares de mães que sairam correndo como atletas com seus filhos e animais de estimação a tira-colo, numa maratona digna de Guiness Book para fugir dos deslizamentos de terra. Heróis são os nossos professores, policiais, bombeiros e profissionais da saúde, são os rodoviários, diaristas, pequenos e grandes empresários! Gente, acorda!!! Heróis são esses rostos anônimos nas janelas dos ônibus, são ambulantes sorridentes com suas saladas de frutas, são os catadores de papelão e lixo reciclável! Herói de verdade é você, que paga seu carro em 60 meses!!! Aqueles lá, aquela mistura bizarra de gente animalada, gente faminta por orgias sexuais e cenas indígnas dos nossos filhos, essa gente pérfida, sem caráter ou princípio, que surge toda hora na TV, auto denominando-se modelo de comportamento, não é herói! Não mesmo!

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

aZeDuMe!

Já faz alguns dias que eu tenho curtido um momento nostálgico. Nostalgia que não tem a ver com nada além de mim mesma. Eu tenho cultivado um tipo de luto, de tristeza pelo SER que eu não gostaria de ser, mas que insiste pra sobreviver em mim. Me sinto azeda, literalmente ácida e, às vezes, até corrosiva. O pior é que agora consigo perceber todo esse azedume que resseca as minhas fibras e corrói o meu orgulho. E tal consciência me perturba constantemente. Onde está o SER que eu tanto almejei? Será que ele, como a carne se amacia com o toque do limão, está esperando ser precedido pelo azedume que o deseja tanto?

Agora é o momento de dizer: O bem que eu quero fazer eu não o faço, mas o mal que eu não quero fazer, esse eu faço! Esse sentimento caracteriza perfeitamente o gosto azedo da minha nostálgica impotência em ser um SER melhor. Mas é por causa dessa consciência que eu tenho feito essa prece: Tira esse azedume do meu peito...

Então pegando carona com um pedaço da canção de Marcelo Camelo dos Los Hermanos, assim peço:

"Tira esse azedume do meu peito
e, com respeito, trate a minha dor;
se, hoje, sem você, eu sofro tanto,
Tens no meu pranto, a certeza de um amor;
Sei que um dia a rosa da amargura
Fenecerá em razão de um sorriso teu;
Então, clausula que, um dia, sufocou minha alegria
Há de ser o que morreu (...)"

Eu sei que parece não ter nada a ver com uma oração, mas no meu caso se encaixou tão bem. Se a terceira pessoa dessa bela poesia fosse um sentimento bom, tipo ternura, amor, compaixão, sabedoria, personificadas em Deus, reveladas em mim na concepção de um SER melhor, então, passa a ter o sentido perfeito. Pensei em destrinchar frase por frase mostrando como o meu coração reagiu a cada verso, mas achei que ainda assim não seria suficiente pra contar a minha emoção, que quase nunca se permite dizer, apenas sentir!

sábado, 29 de janeiro de 2011

qsed'anne!

Um poeta chinês observou há muitos séculos
que recriar algo com palavras equivale a viver
duas vezes. É o que estamos tentando fazer!
Escrever nossas impressões, reviver nossas
emoções, recriar nossas invenções e o resto?
                   
                                      
                                                QSED'ANNE!